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BE visitou Banco Alimentar de Aveiro

Domingo, 19.12.10

 
O Bloco de Esquerda visitou o Banco Alimentar de Aveiro para se acercar sobre os problemas sociais do distrito de Aveiro, com uma delegação onde constava o deputado Pedro Filipe Soares, eleito do BE pelo distrito de Aveiro. A visita teve lugar na quinta-feira, dia 16 de Dezembro, pelas 11h30.
 
O Banco Alimentar presta auxílio a 184 instituições do distrito, o que representa um universo de cerca de 30 000 pessoas. Os efeitos da crise ficam bem à vista com o crescendo de pedidos que o Banco Alimentar vai tendo. Os dirigentes desta instituição identificaram a pobreza envergonhada como um dos grandes problemas do distrito. O aumento da pobreza no distrito é uma realidade assustadora, sendo por isso de relevar a acção do Banco Alimentar que presta auxílio a uma necessidade essencial, como é a alimentação.
 
O aumento da taxa de desemprego contribui, de uma forma directa, para o aumento da pobreza e das desigualdades. Essa é a opinião dos dirigentes do Banco Alimentar que a ilustraram com o exemplo de um pedido de ajuda que lhes tinha chegado: uma família com três filhos e em que os pais ficaram desempregados e pediam comida para poder alimentar as suas crianças.
 
A visita do BE ao Banco Alimentar enquadra-se num conjunto de visitas que a organização distrital do BE está a levar a cabo, tendo em vista alertar para as graves consequências sociais da crise que atravessamos.
 
O Bloco de Esquerda considera que a dura realidade que muitos habitantes do distrito enfrenta, com um enorme aumento da taxa de desemprego e o aumento da pobreza e exclusão social, é extremamente alarmante. O desemprego apresenta-se como o principal problema do país, sendo que no distrito está acima da taxa média nacional.
 
O Bloco de Esquerda considera incompreensível a criação de um fundo para facilitação dos despedimentos por parte do Governo. Numa altura em que todas as energias deveriam ser direccionadas para o combate ao desemprego, o Governo deixa bem patente a insensibilidade social com que tem governado o país.
 
Os responsáveis do Banco Alimentar alertaram, também, para a necessidade da reestruturação da estratégia de acção do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC). Sobre esta matéria indicaram a necessidade deste programa ser executado mensalmente como forma de combate ao desperdício, ao contrário da sua execução semestral que actualmente está a ser levada a cabo. O Bloco de Esquerda irá indagar junto do Governo sobre a execução do PCAAC, por forma a tornar este programa mais efectivo.

 

Aproveite e leia também sobre o estado do emprego em Ovar

 

 

Subsídios e salários em atraso na empresa Ferradaz & Gomes, de Esmoriz, Ovar


As trabalhadoras da empresa Ferradaz & Gomes, Lda., de Esmoriz, encontram-se concentradas à porta da empresa reivindicando o pagamento dos subsídios e salários que têm em atraso. As trabalhadoras desta empresa têxtil têm em atraso o pagamento do subsídio de Natal de 2008, metade do subsídio de Natal de 2009, parte do subsídio de férias de 2010, os salários de Outubro e Novembro de 2010 e o subsídio de Natal de 2010.
O Bloco de Esquerda fez uma visita às trabalhadoras para prestar solidariedade com a sua situação difícil e comprometendo-se com o empenho na procura de uma solução. A visita contou com a presença do deputado Pedro Filipe Soares, eleito do BE por Aveiro.
O Bloco de Esquerda considera que a situação desta empresa espelha as deficiências nas políticas públicas de defesa do emprego, dos direitos dos trabalhadores e do tecido económico. A Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT) já tinha sido alertada para as dificuldades da empresa, demorando cerca de 4 meses a realizar uma inspecção para se inteirar do problema. Essa inspecção ocorreu no dia útil anterior ao envio de uma carta às trabalhadoras, por parte da administração, indicando a suspensão da laboração da empresa. Por outro lado, as dívidas às Finanças originaram a penhora da maquinaria que será levada a leilão. Assim, é o próprio Estado que retira os meios de produção à empresa, forçando o seu encerramento.
O Bloco de Esquerda considera essencial que exista celeridade na actuação da ACT e, por outro lado, os próprios serviços do Ministério das Finanças deveriam ter uma atitude de diálogo com os serviços do Ministério do Trabalho e do Ministério da Economia, para, antecipando situações de ruptura, poder gizar planos de viabilização o mais rapidamente possível.
O atraso nos pagamentos criou uma situação social difícil às 39 trabalhadoras que, na sua grande maioria, ganhava apenas o salário mínimo. Esta situação grave tem o seu expoente máximo em trabalhadoras que têm já um histórico de 40 anos ao serviço da empresa. Esta crise social agrava ainda mais a situação calamitosa existente no concelho de Ovar, um dos mais fustigados pelo desemprego a nível nacional.
O Bloco de Esquerda apresentou perguntas ao Ministério do Trabalho e ao Ministério da Economia no sentido de salvaguardar a defesa dos direitos das trabalhadoras e avaliar a possibilidade de salvação da empresa, bem como alertando para a necessidade de criação de um plano especial de emergência social e económica para o concelho de Ovar.
O deputado Pedro Filipe Soares questionou o Ministério Economia, Inovação e Desenvolvimento e o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social .
 
 
Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Aveiro

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por Administração às 12:41


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