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O Amor virtual

Domingo, 21.02.10

  

“Descobrir, se quem está do outro lado é a pessoa que sempre procurou.”
Parece-me ser a frase chave para quem passa horas em frente ao computador, ou porque a solidão a/o absorveu, ou simplesmente porque a timidez fez com que a internet fosse o escape para conseguir relacionar-se.
Esta minha chamada de atenção para os perigos dos encontros virtuais, surgiu com base num livro que li – Guerra entre quatro paredes – de Margarida Vieitez, que nos alerta para o “campo de minas” que é a internet e os encontros virtuais. Aconselho a leitura deste livro, não só por este tema, mas pela generalidade de assuntos que aborda no campo sentimental.
Ao lê-lo, e em especial este capítulo, não consegui deixar de reflectir sobre a importância dos relacionamentos virtuais. Como pessoa evoluída no campo da informática, e “uma consumidora” de internet, fiquei sem qualquer dúvida quando verifiquei a importância de alertar os mais jovens e não só, para este “campo de minas”.
O amor na internet, é a base dos perigos, não só nos mais jovens como até nos adultos. Quando não estamos na presença física de alguém, como podemos ser capazes de dizer: Gosto de ti, amo-te, já não consigo viver sem falar contigo etc etc. São apenas alguns exemplos da ficção virtual.
É mais fácil, não estando na presença de alguém, conseguir criar uma imagem diferente ou até mesmo oposta daquilo que somos na realidade. Desta forma, é fácil seduzir alguém com os “mimos” virtuais que do outro lado esperam.
No entanto, não deixo de acreditar que as pessoas que procuram o amor virtual, só podem ser, com pequenas excepções, pessoas com alguma inibição em estabelecer relações sociais no dia-a-dia; pessoas com uma autoconfiança muito baixa assim como a sua auto-estima. Não acredito que não existam sentimentos se solidão significativos, assim como carências afectivas enormes. Estas pessoas, no meu entender, precisam de ajuda especializada e não virtual.
Quando se trata de um jovem, por vezes é a sua autoconfiança que não é sólida e na internet consegue despoletar o que numa relação real não seria capaz, ou seja, mostrar o quanto também é capaz de ser uma pessoa boa, carinhosa, confiante e decidida. É ali que procura ser o que na realidade não é. Os jovens têm procurado a internet para conseguirem extravasar sentimentos camuflados por vivências tristes, como divórcio dos pais, morte dos mesmos entre outros como a discriminação na escola.
Se é alguém menos jovem, por vezes é a solidão que reencaminha a pessoa para uma ligação virtual. O Divórcio é um dos maiores factores da influência virtual. A solidão é preenchida em sites de encontros, com frases apelativas e fotos “chocantes”. É desta forma que tentam compensar a ausência do sexo oposto, na procura de satisfação através da internet. De uma pesquisa que fiz por alguns sites, concluí que a maioria, são homens e mulheres divorciados que mais procuram encontros virtuais de casualidade.
Quando se trata de alguém casado, aqui o perigo é outro. O gozo de se sentir no fio da navalha, faz com que a internet seja o ponto de partida para a aventura. Eu diria que é quase paradoxal, ser-se capaz de sair deste mundo e entrar num outro, que apesar de ter sido criado para possibilitar a comunicação de todos com todos, quando entramos nele a sensação é de que estamos num outro mundo à parte, onde as regras não são bem definidas. As pessoas casadas procuram somente aventura, adrenalina, pôr em prática fetiches de juventude, viver a 1000 à hora. Raramente você vai encontrar alguém casado que procure uma relação séria na internet.
Pense sempre que a internet não é uma sociedade real, é um mundo fictício que nos pode proporcionar bons momentos, mas, que também pode destruir a nossa imagem como cidadãos do mundo real. Nunca esqueça que a ilusão num mundo irreal pode destruir o seu verdadeiro mundo. Ninguém casado, com estabilidade, família construída, vai deixar tudo por umas tantas palavras maravilhosas que “ouviu” num site de encontros virtuais. Lembre-se sempre do que é mais importante para si.
Se costuma frequentar a internet, em especial sites de encontros, tenha em atenção alguns pontos muito importantes. Se tem filhos que frequentam a internet, saiba até que ponto a utilizam bem. Vou deixar-vos algumas dicas importantes, que eu própria já utilizei, em algumas situações pontuais, para desvendar o mistério de quem está do outro lado e quais as suas intenções ao tentar “um relacionamento virtual” comigo, pois para escrever este artigo, tive mesmo de tentar conhecer melhor uma parte que eu diria minúscula deste irrealismo. A internet é um espaço impossível de se conhecer na sua globalidade.
1.    Se quem está do outro lado lhe pede muita informação, tente dar o mínimo possível, mas nunca minta. O importante aqui é sermos sempre quem somos e se queremos saber se a outra pessoa é apenas um “falso virtualismo”, temos de ser íntegros e honestos. Nunca lhe diga onde vive, nem lhe dê pormenores da sua vida. Teste sempre;
2.    Se você lhe diz que uma das coisas que gosta muito é ir ao cinema, vai verificar que a outra pessoa vai dizer que por acaso é também o que gosta imenso de fazer. Se a/o quer testar, basta para isso perguntar-lhe qual o último filme que viu. Se não se lembra é suspeito, disse só para a/o impressionar. Nunca esqueça que do outro lado existe sempre alguém que a/o quer conquistar;
3.    Se você diz que adora viajar, ler bons livros ou simplesmente passear, vai verificar que a resposta do outro lado vai coincidir com a sua. Como tal nunca esqueça, faça as suas perguntas, queira saber quais os livros lidos, as viagens feitas, as escalas, o fuso horário… o que se lembrar, mas teste sempre quem o/a impressiona.
4.    Se já fala com uma certa pessoa há algum tempo e lhe é sugerido um encontro, tenha em atenção alguns pormenores importantes. Nunca se esqueça que virtualmente o estúpido passa a inteligente; o mal formado a íntegro; o feio a atraente; o mal-educado a delicado, o violento a doce e meigo ou seja o sapo passa a príncipe. Logo, se vai encontrar-se com alguém, não lhe dê o seu número, diga apenas o local e sempre um local público, e que casaco leva, não quer dizer que o vista. A outra pessoa vai também dar a sua descrição e você vai ver se valerá ou não a pena fazer ali uma nova amizade;
5.    Deixe sempre, alguém de sobreaviso, um amigo, um familiar, alguém de sua inteira confiança, para caso você tenha algum problema, haver alguém que saiba para onde você foi;
6.    Nunca esqueça que todas as dicas se aplicam a homens e mulheres, embora as maiores vítimas sejam mulheres.
Como conclusão, quero apenas deixar neste meu pequeno texto, onde tentei resumir os perigos do amor virtual, que pensem bem antes de se relacionarem com alguém virtualmente. Não seria bem melhor sair de casa, passar numa livraria e ler um bom livro, passear pelo jardim com o seu cão, matar a solidão saindo para um café com os amigos ou simplesmente ficar em casa a ver um filme que já viu montes de vezes mas que é divertido?
A internet é um mundo extraordinariamente positivo do ponto de vista geral, mas, uma mina para o amor. Como mulher que sou, assídua na internet, deixo este alerta sobretudo para as mulheres que normalmente são as maiores vítimas do falso amor. Pela sua sensibilidade e honestidade, têm uma maior tendência em deixarem-se ir no conto do vigário e chegarem ao ponto de conseguirem ver um sapo transformado num príncipe.
Aos mais jovens, aconselho a viverem as vossas amizades fora do contexto virtual. Sei que agora os amigos da escola não jogam à bola na estrada nem andam de bicicleta na rua, falam na internet o dia todo, mesmo tendo acabado de sair da escola, chegam a casa e já têm assunto. Está na hora dos pais reflectirem sobre isto. Não seria melhor deixá-los esmurrar os joelhos na rua, ou levá-los ao cinema com os amigos? Tirem os vossos filhos de casa e dêem-lhes a conhecer o mundo real.     
Rosa Familiar                                                                                                                                                          

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por Administração às 23:05

2 comentários

De atento a 23.02.2010 às 06:33

Uma reflexão já bastante debatida pelas televisões mas pouco conhecida da sociedade em geral.
Portugal ainda vive com muitas gerações pouco cultas no contexto virtual. este texto reflecte um pouco a necessidade d emudanças, mas que a meu ver são quase impossíveis ao ritmo de evolução que levamos.
Teremos de esperar que esta sociedde consumidora de net venha  ater os seus filhos para mudar este contexto.
No entanto e é a minha opinião não existe amor na net, existe desejo pelo desconhecido.

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